QUANDO CHOVE FORTE , O NÍVEL DO IGARAPÉ SOBE E AVANÇA SOBRE AS CASAS FIXADAS NAS MARGENS DO MESMO. TODOS OS BAIRROS PERPASSADOS POR ELE SOFRE O MESMO DILEMA. NA RUA DO IGARAPÉ, BAIRRO DE NOSSA SENHORA DAS GRAÇAS, AS CASAS FICAM SUBMERSAS, AS CRIANÇAS E SEUS PAIS SOFREM AS CONSEQUÊNCIAS DE PERDEREM SEUS MÓVEIS E ARRISCAREM SUAS VIDAS. NA ÁREA LOCALIZADA EM REGIÃO DE ALAGAÇÃO, ONDE O MORADORES, POR FALTA DE OPÇÃO CONVIVEM COM TODO SUSTO DA CHUVA E A ESPERA DA CHEIA DO MINDÚ.
A Secretaria Municipal de Limpeza Urbana (Semulsp) disse ter
retirado 3,6 mil toneladas de lixo dos igarapés até maio deste ano.
De acordo com a secretaria, algumas áreas recebem as equipes de limpeza
todos os dias por causa do grande volume acumulado diariamente."Em igarapés, como o do Mestre Chico, Franco, Mindu, Manaus 2000, Igarapé do 40, Igarapés da Avenida Brasil, Igarapé do Passarinho, Igarapé do Alvorada dentre outros, a limpeza é diária", afirma a assessoria da pasta.
Moradores de áreas alagadas pela cheia em Manaus temem doenças
Durante cheia, população tem contato com lixo jogado nos igarapés.
Secretaria afirma que já retirou 3,6 mil toneladas de resíduos neste ano.

Ponte serve de represa para lixo jogado em igarapés (Foto: Suelen Gonçalves/G1 AM)
O LIXO DOMICILIAR É Garrafas plásticas, sacolas, pedaços de isopor, sofás e até
eletrodomésticos.Tudo isso pode ser encontrado nos igarapés de Manaus.
Durante o período da cheia o problema se intensifica. A subida do nível
do Rio Negro, e de igarapés que cortam todas as zonas da capital, faz a
população que vivem em áreas alagadas ter contato direto com a poluição.
Moradores relatam conviver com mau cheiro e doenças. A Secretaria
Municipal de Limpeza Urbana (Semulsp) diz ter tirado cerca de 3,6 mil
toneladas de lixo dos igarapés entre janeiro e maio deste ano.A dona de casa Engrácia Mesquita, moradora de uma área alagada no bairro Presidente Vargas, na Zona Sul, conta que já teve vários episódios de doenças de pele na família. "De vez em quando eles [filhos e netos] ficam com muita coceira, aí tem que tomar remédio, parar de brincar aqui fora e ter muito cuidado. Um dos meus filhos estava consertando a ponte e cortou a perna. Como ele ficou dentro da água, a perna ainda não sarou, e olha que já faz mais de um mês", relata.
No bairro São Jorge, na Zona Oeste da capital, é comum ver uma grande quantidade de lixo acumulado na ponte que liga o bairro à Avenida Constantino Nery.

Comerciante disse ter feito assoalho de cerca de um
metro (Foto: Suelen Gonçalves/G1 AM)
Odor afasta moradoresmetro (Foto: Suelen Gonçalves/G1 AM)
Uma parte da Rua Daniel Sevalho, no bairro Betânia, também na Zona Sul, está alagada. Moradores reclamam do mau cheiro gerado pelo lixo acumulado.
Segundo a comerciante Maria Marciel, de 58 anos, muitos vizinhos deixaram as casas por ficarem com o acesso limitado por conta da subida do igarapé. Ela conta que nenhum familiar ficou doente por causa da água contaminada, porém, conviver com o odor do material acumulado a deixa insatisfeita.
"Meus vizinhos que podem pagar aluguel, ou ficar na casa de parentes, foram embora. Eu como não posso e tenho que cuidar da minha venda, fico aqui. Fiz um assoalho para poder ficar aqui. Como tem pouco vizinho, minha venda caiu", lamenta a comerciante.
sobre essa ponte ( ponte de São Jorge) passam diversos igarapés que juntam se e deságuam no Rio Negro.
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