sexta-feira, 29 de abril de 2011

SULAMÉRICA 78 ANOS DE EXISTÊNCIA

DOMINGO O SULÃO FARÁ ANIVERSÁRIO. 78 ANOS DE LUTAS E BATALHAS NO FUTEBOL AMAZONENSE. PARA FALAR MELHOR DE TUDO ISSO, NADA MELHOR QUE O TRABALHO DE CARLOS ZAMITH E O SEU BAÚ VELHO. PERMISSÃO SENHOR PARA DIVULGAR TAMBÉM O SEU GRANDE TRABALHO JORNALÍSTICO.

NOVOS SULAMERICANOS

TEMOS QUE FICAR DE OLHOS LUÍS!!
O TIMAÇO DE 1968

Em 1968 o Sul América conseguiu armar um time que cumpriu regular desempenho no campeonato. Trouxe para sua equipe alguns militares que serviam em Manaus e se não chegou onde queira, a conquista de um título, pelo menos não decepcionou por completo.
Dentre os que foram “pescado” pelo “Trem da Colina”, estava o lateral Jorge Frederico, que vive em Campinas-SP e acompanha ainda o futebol amazonense, através do Baú Velho.
Sul América1968
Sul América de 1968: Maciel, Henrique, Negão, Nezinho, Nazaré e Frederico. Agachados: João José, Nonato, Dulcio, Botica e Hamilton.
Prezado Frederico:  tenho lembrança pois há registro nos meus alfarrábios, da sua passagem pelo Sul América nos anos de 68-69. Lá há registro da sua estréia, no dia 6 de maio de 1968, contra o São Raimundo, na Colina, jogo apitado pelo carioca Carlos Floriano Vidal e assistido por 3.167 pagantes. O Sul América, perdeu por 2×1. Santarém fez os dois do São Raimundo e Nonato marcou para o Sul América que jogou assim: Negão, Maciel, Nazaré, Nezinho e Frederico; Roberto e Dulcio; Nonato, João José (Júlio), Botica e Joãozinho.
Do elenco do Sul América dede 1968, faziam parte ainda, Petita, Babá, Altino, Milton, Cruz, Raul Torbes (que hoje vive em Vila Velha –ES), o goleiro Miramar, ainda em Manaus, Mário Jorge, Jardes,
Em 1969, seus companheiros eram outros, pois vários jogadores vieram de Belém para reforçar o time e foi um verdadeiro fracasso. Constam os nomes, dos goleiros Marcus (já falecido). Garcia e Gaguinho, de J. Alves, Caramuru, Gonzaga, Sena, Julião, Luizinho, Silva, Luis Darque, Fiel, Del Vechio, Jonas e Edson Ângelo.
   Posted by: Carlos Zamith
Escudo Sul America Esporte ClubeO SUL AMÉRICA Esporte Clube começou como Serra Azul, um time de garotos, sem sede e muito menos diretoria. Dele faziam parte, dentre outros, Basilio, Joca, Dogival e Junot Frederico. Oficialmente transformou-se em Sul América que foi fundado 1º de maio de 1932, pelo mesmo grupo, reforçado por outros jovens, todos residentes no bairro de São Raimundo.
Na frente da casa do comerciante José Vieira, do lado oposto ao Grupo Escolar Olavo Bilac, na Rua 5 de Setembro, onde havia uma frondosa mangueira, os rapazes, com idades de 14 a 20 anos, reuniram-se e decidiram logo pela denominação do clube. Raimundo Verçosa, que era goleiro do São Raimundo na época com 19 anos, sugeriu o nome de Sul América ao lembrar de um clube argentino ou uruguaio com o mesmo nome. O uniforme também foi decidido na mesma reunião por Valder Vieira: azul e branco.
CAMPEÃO DA TAÇA
Os feitos do Trem da Colina: Campeão da Taça Amazonas de 1977, competição de um só turno, disputado por cinco agremiações. Sul América venceu todos os adversários: Fast, 1 a 0; América, 4 a 0; São Raimundo, 2 a 1 e Nacional, 2 a 0, marcando nove gols contra apenas um sofrido.
Nesse mesmo ano, o Sul América conquistou o Torneio Inicio, formando com Walter, Heleno, Valdomiro, Mário Bacurí e Manuel; Rai, Carioca e Gilson; Zé Eduardo, Careca e Assis (Luís Alberto).
Sede do Sul América 2003
A sede própria do Sul América está situada na Praça Padre Francisco 94,
Bairro de São Raimundo, adquirida em maio de 1952.
BICAMPEONATO
1992 - O Sul América, sob a direção do desportista Mário Cortez no departamento de futebol, contando com outros colaboradores como Valdeir Gondin, Luís Castelo, Raimundo Góes, Lindolfo Cardoso, José Taveira, Jandeir Cardoso e Hélio Duarte, do massagista Mundinho e do roupeiro Gaguinho, voltou a disputar a competição oficial.
1993 BICAMPEÃO – Começou conquistando o Torneio Inicio. Nesta temporada, o Sul América contou ainda com mesmo grupo de colaboradores. Mas o braço forte do Trem da Colina, sem dúvida foi o empresário Mário Cortez, que lutou, gritou e batalhou para que o Sul América chegasse ao título e, também, à Copa do Brasil, uma vez que forças ocultas queriam tirar o direito de seu clube, legítimo campeão amazonense.
Há algum tempo o Sul América obedece a incansável colaboração do empresário Luiz Costa, que ao lado de seu filho, o advogado Alex, também jogador do time profissional, vai levando o “Trem da Colina”, enfrentando uma série de obstáculos, para não deixar de disputar a competição oficial.
Escudo SA originalTorcedores do Sul América sempre lembram a grande vitória de 8 a 0, de seu time contra o São Raimundo e há algum tempo atrás, a sua sede chegou a ostentar uma faixa relembrando o grande feito.  Mas isso era quando existia uma boa rivalidade entre os dois clubes.
Recordando a grande vitória, tenho os detalhes do jogo:
Sul América 8 x São Raimundo 0
Junho de 1957. Local: Parque Amazonense .
Gols: Chicão 3, Ney 2, Tota 2 e Alemãozinho.
SUL AMÉRICA: Sandoval e Almir Macarrão; Zamundo, Sula e Carrapeta; Alemãozinho, Chicão, Ney, Assis e Tota.
Os adeptos do São Raimundo, no entanto, não dão muita importância a esse jogo, porque na verdade era apenas um amistoso e ainda alegam que o seu time não jogou com todos os titulares (o que não tenho como provar).
E sempre lembram os sãoraimundenses, das boas vitórias de seu time, valendo pontos. Eis:
18/09/1960 – São Raimundo 5 x Sul América 1
07/10/1971 – São Raimundo 5 x Sul América 0
26/07/1999 – São Raimundo 6 x Sul América 2
A mais recente:
21/04/2001 – São Raimundo 6 x Sul América 1
Chicão Sul AméricaGOLEADA HISTÓRICADO “SULÃO’Pelo turno de classificação do campeonato oficial de 1959, aconteceu a maior goleada até então registrada nos arquivos do nosso futebol. O caso foi assim:
 O Guarani, havia subido à Primeira Divisão na temporada de 59 e caiu logo para o campeonato seguinte.
07/06/1959 – SUL AMÉRICA 16 x GUARANI 0
Local: Colina.  Renda: C$ 1.440,00.
Gols: Chicão (foto) 7, Milton Prudente 4, Zamundo 2, Sula, Assis e Azedo, um cada. O primeiro tempo terminou em 5×0.
SUL AMÉRICA: Wilson, Almir Macarrão e Amor; Zamundo, Sula e Carrapeta; Assis, Chicão, Milton Prudente, Evilázio Soares e Azedo.
AS FOTOS:
Infelizmente não tenho fotos dos acontecimentos registrados aqui. É que na área onde resido, há algum tempo, sempre nos meses de março e abril, devido às chuvas temos problemas de alagamento. Por isso, tenho sofrido perdas inestimáveis.
   Numa tarde de domingo, no campo do Parque Amazonense, mês de junho de 1956, jogavam Nacional e Sul América pelo campeonato oficial. Era um jogo que despertava a atenção do torcedor pela bela campanha dos dois times e que por isso compareceu em bom número ao Estádio, predominando, é claro, a do Nacional.
Nesse dia a Rádio Rio-Mar, recem-inaugurada, colocava sua equipe esportiva para a transmissão do encontro, com uma dupla de jovens principiantes: João Lins e Luís Verçosa, ambos ex-atletas do esporte de quadra do Rio Negro. Luís Verçosa transmitia o jogo do lado da arquibancada, num reservado conhecido como “pombal da imprensa” e, quando um jogador se apoderava da bola, com ênfase ele dizia: “lá vai a mola propulsora do Sul América”, referindo-se ao jogador Zamundo que estava começando no time titular do “Trem da Colina”, como meia armador de bom controle de bola, muito fôlego, sempre defendendo e atacando com a mesma eficiência.
Nesse dia Zamundo foi considerado pela emissora, cujo prefixo era ZYB-20, como o melhor jogador em campo, embora a vitória tenha favorecido ao Nacional pôr 2 a 1, gol de Dadá e Português, enquanto Alemãozinho fez o tento do Sul América formado com Sandoval, Aurélio e Reinaldo; Sula, Artur Tribuzzi, e Carrapeta; Alemão, Zamundo, Ney, Evilásio e Tota.
Valter Reategui, um sargento do Exército (já falecido) que residia no bairro de São Raimundo, foi o mediador desse jogo.
Raimundo Pimenta, o Zamundo, até hoje não sabe como surgiu esse apelido. Acha que foi nas peladas do campinho do bairro da Glória, na época de Fredoca, Sula, Carrapeta, Tota e Assis.

Nascido no próprio bairro de São Raimundo, numa casa da Rua 5 de Setembro, Zamundo começou nos juvenis do Sul América e logo foi promovido a titular. Jogou quase oito anos no Sul América. Fez parte do time que derrotou o Guarani por 16 a 0, pelo campeonato de 1959, no campo da Colina, um escore até hoje imbatível. Em 1963 teve que parar em conseqüência de uma contusão muito forte, mas voltou aos gramados no ano seguinte com a camisa do São Raimundo e jogou até 1966 ajudando-o a ser campeão da cidade embora com apenas duas participações durante a campanha que só terminou em 1967. Depois disso parou, dedicando-se somente às peladas nos finais de semana.
Por duas vezes Zamundo formou na Seleção do Amazonas. Em 1960 em jogos contra o Pará. Perdeu de 3 a 1 em Belém e de 3 a 2 em Manaus, num time que jogavam:
Simões, Jaime Costa e Gatinho; Zamundo, Basilio e Orlando Mineiro; Tucupí, Dermilson, Gordinho, Hugo e Horácio. Em 1962 novamente convocado, jogou contra o Maranhão. Perdeu as duas partidas. No Parque pôr 3 a 1 e em São Luís, pôr 4 a 1. Nesse ano a Seleção jogava com Pedro Brasil, Boanerges e Valdir Lima; Zamundo, Sula e Vanderlann; Aírton, Tomas, Santarém, Dermilson e Hugo.
Zamundo teve várias participações com a camisa do Auto Esporte na década de 50, sempre requisitado para reforçar o time em jogos interestaduais. Funcionário aposentado da Prefeitura, como magarefe, ainda trabalhou na mesma profissão para melhorar os proventos.
Casado, pai de três filhos, um deles homem, mora ainda no bairro onde nasceu. Vive modestamente, numa árdua luta para sobreviver, mas nunca se queixa de nada, mesmo estando em dificuldades.

Zamundo e Sula
ZAMUNDO E SULA, O SULA É PÉ DE VALSA! O REI DO BOLERO!

Na foto: Zamundo (Sul América) e Sula (Nacional), em 1967.

TEMOS QUE FICAR DE OLHOS LUÍS!!




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